CPI aprova quebra de sigilo de Araújo, Pazuello e do 'gabinete paralelo'

  • 10/06/2021
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CPI aprova quebra de sigilo de Araújo, Pazuello e do 'gabinete paralelo'

Atualizado às 13hs18min. - Por FM Educativa

A CPI da Covid aprovou hoje a quebra de sigilo telefônico e telemático dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Internacionais), além do empresário Carlos Wizard (que atuou como conselheiro informal do governo durante a pandemia).

Com a decisão, os senadores pretendem acelerar as investigações para verificar se houve algum erro ou irregularidade por parte do Executivo federal na condução das ações de enfrentamento à crise sanitária.

Pazuello é um dos principais alvos da CPI por ter sido o ministro da Saúde durante as fases mais agudas da pandemia —ele foi demitido do cargo, em março desse ano, sob críticas de todos os lados. Araújo, por sua vez, era o chefe do Itamaraty e ficou marcado pelas provocações à China, maior parceiro comercial do país e estratégico na exportação de insumos utilizados para produção de vacinas.

Já Wizard tornou-se um dos personagens da comissão, do ponto de vista investigatório, depois de passar um breve período em função de aconselhamento ao ex-ministro Pazuello. Defensor do chamado "tratamento precoce" e contrário ao lockdown, ele chegou a ser indicado para ocupar um cargo formal no Ministério da Saúde, mas o Executivo acabou desistindo da nomeação.

De acordo com senadores da oposição e da ala independente, porém crítica ao governo, o empresário pode ter feito parte do que tem sido chamado "gabinete paralelo" - estruturava sem vínculo oficial com o poder público que municiava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com informações sobre vacinas, uso de cloroquina e medicamentos sem eficácia no tratamento da covid, entre outros.

Foram aprovados hoje 29 requerimentos, com voto contrário de Marcos Rogério (DEM-RO), que argumentou que as quebras de sigilo "não tem fundamentação" e estariam em desacordo com o Regimento Interno do Senado.

Presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) negou o pleito do colega e reclamou de sua postura. Outros membros da comissão acusaram Rogério, que é um dos defensores mais ativos do bolsonarismo, de tentar "protelar" o andamento dos trabalhos.

* Além de Pazuello, Araújo e Wizard, foram quebrados os sigilos telefônico e telemático de outras 17 pessoas:

* Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde conhecida como "capitã cloroquina"

* Filipe G. Martins, assessor especial da Presidência

* Nise Yamaguchi, médica defensora da cloroquina que fazia parte do chamado "gabinete paralelo"

* Francieli Fontana Fantinato, coordenadora do Plano Nacional de Imunização

* Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde

* Zoser Hardman, ex-assessor especial do Ministério da Saúde

* Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos

* Paolo Zanotto, médico

* Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas

* Luciano Dias Azevedo, médico

* Hélio Angotti Neto, ex-secretário do Ministério da Saúde

* Francisco Ferreira Filho, coordenador do Comitê da Crise do Amazonas

* Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos

* Flávio Werneck, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde

* Camile Giaretta Sachetti, ex-servidora do Ministério da Saúde

* Arnaldo Correia de Medeiros, secretário do Ministério da Saúde

* Alexandre Figueiredo Costa e Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU)

Também foram aprovados a quebra de sigilo da Associação Dignidade Médica de Pernambuco e das empresas PPR, Calya/Y2 e Artplan. Votaram contrário os senadores Marcos Rogério e Jorginho Mello (PL-SC).

"São empresas que trabalham para a Secom [comunicação do governo]. Temos certezas de algumas coisas, não dá para falar aqui, mas vamos investigar", ressaltou Omar Aziz.

Novos convocados

A CPI da Covid também deu aval hoje ao agendamento de depoimentos de novas testemunhas. Entre os requerimentos aprovados, está a convocação do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário.

Como se trata de uma convocação, Rosário será obrigado a comparecer.

Já o presidente do CNS (Conselho Nacional de Saúde), Fernando Pigatto, foi convidado a prestar esclarecimentos —o requerimento de convite não torna a presença obrigatória. O Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) também será convidado a participar.

Foto: Google

Fonte: Uol

Por Thaís Augusto e Hanrrikson de Andrade


Do UOL, em São Paulo e em Brasília

Colaborou Gabriel Toueg

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